EDUCAÇÃO EM AGROECOLOGIA E ARTE
ANÁLISE DE UMA OFICINA DE TEATRO DO OPRIMIDO NO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGROECOLOGIA E DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL – UFRPE
DOI:
https://doi.org/10.31512/vivencias.v22i44.1588Resumo
O objetivo deste artigo é analisar a importância do Teatro do Oprimido nos processos educativos em agroecologia a partir das compreensões dos estudantes do Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial da Universidade Federal Rural de Pernambuco. A abordagem é qualitativa a partir da participação em uma oficina realizada no contexto de vivência de imersão territorial no Polo da Borborema no Estado da Paraíba. A educação em agroecologia é uma proposta em construção que contribui para consolidar esta última como ciência, incorporando questões sociais, éticas, culturais, políticas e ambientais. A transição agroecológica impõe a necessidade de uma outra episteme que, para além de novas estratégias produtivas, sejam respeitosas do meio ambiente, e contribuam de forma multidimensional para a construção de um novo paradigma na relação ser humano x natureza. A utilização de outras linguagens, dentre elas a arte, é essencial para a consolidação da proposta da educação em agroecologia, importante instrumento de luta para a transformação social. Como resultados, duas cenas teatrais a partir da oficina foram produzidas apresentando-se como instrumentos de resistência em processos de educação em agroecologia, a arte e a educação em agroecologia são alternativas para processos transformadores libertadores na contextualização de processos educativos em agroecologia.
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