VISITA TÉCNICA COMO UM INSTRUMENTO DE ENSINO E APRENDIZAGEM NO CURSO DE DIREITO

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31512/vivencias.v18i37.675

Resumo

Atividades de extensão são elementos curriculares obrigatórios nos Cursos de Direito. Em 2019 foi proposta Visita Técnica na Comunidade Quilombola da Restinga, localizada no município da Lapa, Paraná, para alunos do Curso de Direito da Universidade Positivo, com o objetivo de valorizar os elementos étnico-culturais, histórico-sociais da comunidade e cumprir com as exigências curriculares dos conteúdos transversais na educação superior brasileira. O relato dessa experiência (visita técnica) procura apresentar a evolução das metodologias utilizadas no ensino jurídico da Universidade Positivo, assim, como o aperfeiçoamento das atividades de extensão da IES. A metodologia foi a observação direta, por meio de visita técnica dos discentes com a supervisão interdisciplinar de professores com formações nas áreas de antropologia, ciência política, direito e psicologia. O resultado foi a sensibilização dos alunos para questões quilombolas e um diagnóstico para subsidiar o desenvolvimento de ações da Universidade Positivo na comunidade, tendo em vista que as atividades extensionistas precisam contribuir para mudanças e/ou rupturas sociais efetivas, para o desenvolvimento de tecnologias sociais e para a formação dos estudantes.

Biografia do Autor

Clarissa Bueno Wandscheer, Universidade Positivo, Curitiba, PR, Brasil

Doutora em Direito Econômico e Socioambiental pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2011), mestrado em Direito Econômico e Social pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2003) e graduação em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2001). Atualmente é professora dos Programas de Pós-graduação em Direito (PPGD) e em Gestão Ambiental (PPGAmb) da Universidade Positivo, integrante do Centro de Pesquisa Jurídica e Social (CPJUS). Pesquisas no PPGD vinculadas ao projeto de Pesquisa Inovações tecnológicas, econômicas e jurídicas para a sustentabilidade. E no PPGAmb pesquisas voltadas para as implicações jurídicas para o desenvolvimento sustentável, os impactos positivos ou negativos da legislação ambiental para o DS e para a promoção de estratégias de conservação da biodiversidade e da sociodiversidade. Com experiência na área de Direito, com ênfase em Direito e Desenvolvimento, Sustentabilidade e Direito Socioambiental.

Mario Michaliszyn, Universidade Positivo, Curitiba, PR, Brasil

Mario Sergio Michaliszyn concluiu o doutorado em Ciências Sociais - Antropologia, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em 1999. Concluiu o mestrado em Ciências Sociais - Antropologia, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em 1993 e graduou-se em Ciências Sociais ? Licenciatura e Bacharelado em Sociologia pela Universidade Católica do Paraná, em 1984. Dentre as atividades profissionais desenvolvidas destaca-se sua participação como Coordenador do Núcleo de Convivência de Guaraqueçaba, da Sociedade de Proteção à Vida Selvagem e Educação Ambiental - SPVS (1992-94). Foi membro da Coordenação do Programa Estadual de DST/Aids do Paraná e Coordenador Estadual do Projeto Prevenção ao Uso indevido de Drogas entre Crianças e Adolescentes em Escolas do Paraná, junto a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (1995-98). Atua como docente no ensino superior desde 1986 e atualmente é professor titular da Universidade Positivo, professor e coordenador do Programa de P´ós-graduação em Gestão Ambiental - nível mestrado e doutorado. Atua nas áreas de Meio Ambiente e Educação Ambiental, Antropologia. Em seu currículo Lattes os termos mais freqüentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: antropologia, desenvolvimento, desenvolvimento sustentável, drogas, educação, educação em saúde, educação ambiental, ensino-aprendizagem, pesquisa, populações tradicionais, promoção à saúde, Saúde Pública.

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Publicado

2022-06-15

Como Citar

Wandscheer, C. B. ., & Michaliszyn, M. S. (2022). VISITA TÉCNICA COMO UM INSTRUMENTO DE ENSINO E APRENDIZAGEM NO CURSO DE DIREITO: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Vivências, 18(37), 177–190. https://doi.org/10.31512/vivencias.v18i37.675

Edição

Seção

ARTIGOS DE FLUXO CONTÍNUO