PRÁTICAS EDUCATIVAS EM LETRAMENTO E CURRÍCULO INTEGRADO NA EPT
PARA (ALÉM D) A BATUTA DO CAPITAL
DOI:
https://doi.org/10.31512/vivencias.v18i36.627Resumo
Pensar o fazer pedagógico que visa à emancipação humana e social, pressupõe a análise de que tipo de formação, por conseguinte que tipo de currículo, será admitido nos sistemas e instituições educacionais, bem como as práticas concretas dos atores da escola. Neste sentido, é fundante entender que o letramento pode se tornar um instrumento benéfico ou temerário para a construção e implementação de um currículo que intenciona à emancipação humana e social, isto porque ele se materializa nas práticas letradas. Objetiva-se, neste trabalho, discutir, por meio de uma revisão de literatura e a partir de uma perspectiva materialista histórica, as concepções e finalidades de letramento e de currículo, e como as respectivas práticas educativas podem contribuir para a perpetuação ou superação do sociometabolismo do capital. Os resultados da discussão permitem apontar que: i) o letramento do tipo autônomo; ii) o currículo embasado no taylorismo ou fordismo; iii), e o conjunto da reforma curricular dos últimos cinco anos no Brasil, acenam na direção da ordem hegemônica. Em alternativa, iv) o letramento do tipo ideológico; v) o currículo integrado na perspectiva da omnilateralidade; e, vi) a formação de professores e demais trabalhadores na perspectiva do trabalho enquanto princípio educativo convergem contra essa ordem, pois se comprometem, radicalmente, no sentido marxiano de ir à raiz do homem, com as tarefas e movimento de luta social pela emancipação humana dos imperativos do Capital.
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