CIÊNCIAS DA NATUREZA E EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

UNIR CAMINHOS E INTERCRUZAR CONHECIMENTOS A PARTIR DA BNCC

Autori

DOI:

https://doi.org/10.31512/vivencias.v20i40.1016

Abstract

Atualmente, a compartimentalização dos conhecimentos não faz sentido no contexto escolar dos Anos Iniciais (AI) do Ensino Fundamental. Assim sendo, ressalta-se a necessidade de interlocução de saberes para dar significado e fluidez ao processo de ensino e aprendizagem de crianças. Este estudo tem como foco o currículo dos AI acerca da área do conhecimento de Ciências da Natureza (CN) e do componente curricular Educação Física (EF). Objetiva-se destacar o potencial interlocutor de conhecimentos entre a área e o componente supracitados, nos AI do Ensino Fundamental, a partir de propostas interdisciplinares. O método de pesquisa caracteriza-se como qualitativo, bibliográfico e documental. Esta pesquisa realiza-se basicamente partir das orientações curriculares prescritas na Base Nacional Comum Curricular(BNCC) para os AI, as CN e EF. A análise dos dados dá-se a partir de um estudo comparativo e da análise de conteúdo proposta por Bardin (2011). Assim, a partir da BNCC, percebe-se que as competências específicas da área de CN e do componente EF abrem caminho para o trabalho interdisciplinar. No entanto, o fato das unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilidades CN e EF encontrarem-se dentro das especificidades dos dois componentes curriculares, isso não impede a interlocução de conhecimentos entre CN e EF. Outrossim, as orientações curriculares nos AI sinalizam para o ensino globalizado nessa etapa escolar. Portanto, para que isso se efetive nas instituições escolares, cabe aos gestores e docentes articularem saberes a partir de uma postura metodológica interdisciplinar.

Biografie autore

Luana Pompéo Rodrigues, Universidade Franciscana, Santa Maria, RS, Brasil

Formada em Educação Física Licenciatura pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Mestre em Ensino de Ciências e Matemática pela Universidade Franciscana, atualmente Técnica-Administrativa no cargo de Assistente em Administração na UFSM.

Rosemar de Fátima Vestena, Universidade Franciscana, Santa Maria, RS, Brasil

Professora do programa de pós-graduação Ensino de Ciências e Matemática da universidade Franciscana. Doutora em Educação em Ciência. Mestre em Educação e Graduada em Ciências Biológicas.

Riferimenti bibliografici

ARCE, A. Ensinando ciências na educação infantil. Campinas: Alínea, 2011.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.

BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil?.São Paulo: Ática, 1998.

BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil?. São Paulo: Biruta, 2009.

BUCZEK, M. R. M. Movimento expressão e criativa pela educação física: metodologia ensino fundamental - 1º ao 5º ano. 1. ed. Curitiba: Base Editorial, 2009.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: educação física. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SEF, 1999.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução nº 7, de 14 de dezembro de 2010. Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Brasília: CNE/CEB, 2010. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb007_10.pdf. Acesso em: 13 out. 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 3. ed. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 18 jun. 2021.

CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Resolução nº 046, de 18 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre a Intervenção do Profissional de Educação Físicae respectivas competências e define os seus campos de atuação profissional. Rio de Janeiro: CONFEF, 2002. Disponível em: https://www.confef.org.br/confef/resolucoes/82. Acesso em: 11 jan. 2022.

CRUZ, S. P. S. A construção da profissionalidade polivalente na docência nos anos iniciais do ensino fundamental: as práticas e os sentidos atribuídos às práticas por professoras da Rede Municipal de Ensino do Recife. 2012. 278 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2012.Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13027. Acesso em: 11 out. 2021.

DARIDO, S. C. A educação física na escola e o processo de formação dos não praticantes de atividade física. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, v. 18, n. 1, p. 61-80, 2004.Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1807-55092004000100006. Acesso em: 16set. 2021.

DARIDO, S. C. Educação física e temas transversais na escola. Campinas: Papirus, 2012.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 58. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2019.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 18. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

GALLAHUE, D. Desenvolvimento motor e aquisição da competência motora na educação de infância.In: SPODEK, B. (Ed.). Manual de investigação em educação de infância. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,2002. p. 49-83.

GARANHANI, M. C.; NADOLNY, L. F. Os saberes do movimento na formação de profissionais da Educação Infantil: uma proposta da rede municipal de ensino de Curitiba - Brasil. In: CONGRESSO INTERNACIONAL EM ESTUDOS DA CRIANÇA: INFÂNCIAS POSSÍVEIS, MUNDOS REAIS, 1., 2008, Porto. Anais [...]. Porto: Universidade do Minho, 2008.

MARQUES, C. D. Pensando a ética e a educação. In: EVANGELISTA, F.; GOMES, P. T. (Orgs.). Educação para o pensar. Campinas: Alínea, 2003.

MARTINS, L. A. R. Reflexões sobre a formação de professores com vistas à educação inclusiva.In: MIRANDA, T. G.; GALVÃO FILHO, T. A. (Org.). O professor e a educação inclusiva: formação, práticas e lugares. Salvador: EDUFBA, 2012. p. 25-38.

NASCIMENTO, C.; BARBOSA-LIMA, M. C. O ensino de física nas séries iniciais do ensino fundamental: lendo e escrevendo histórias. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, Belo Horizonte, v. 6, n. 3, p. 1-11, 2006.Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/4043. Acesso em: 02ago. 2021.

OLIVEIRA, Z. R. A brincadeira e o desenvolvimento infantil: implicações para a educação em creches e pré-escolas. Motrivivência, Florianópolis, ano 8, n. 9, p. 136- 145, dez. 1996.Disponível em: https://doi.org/10.5007/%25x. Acesso em: 05ago. 2021.

PAES, C. C. D. C.; PAIXÃO A. N. D. P. A importância da abordagem da educação em saúde: revisão de literatura. REVASF, Petrolina, v. 6, n. 11, p. 80-90, dez. 2016.Disponível em: https://www.periodicos.univasf.edu.br/index.php/revasf/article/view/38. Acesso em: 22jul. 2021.

PALOMO, S. M. S. Linguagem e linguagens.Eccos Revista Científica, São Paulo, v. 3, n. 2, p. 9-15, dez. 2001.Disponível em: https://doi.org/10.5585/eccos.v3i2.272. Acesso em: 28jul. 2021.

SUCHODOLSKI, B. Teoria marxista da educação. Rio de Janeiro: Martins Fonte, 1976. v. 3.

STEPHANOU, M.; BASTOS, M. H. C. História, memória e história da educação. In: STEPHANOU, M.; BASTOS, M. H. C. (Orgs.). Histórias e memórias da educação no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2005. v. 3: Século XX. p. 416-429.

ZABALA, A. Enfoque globalizador e pensamento complexo: uma proposta para o currículo escolar. Porto Alegre: Artmed, 2002.

ZONTA, A. F. Z.; BETTI, M.; LIZ, L.C. Dispensa das aulas de educação física:os motivos de alunas do ensino médio. In: CONGRESSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E CIÊNCIAS DO DESPORTO DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA, 8., 2000, Lisboa. Anais [...]. Lisboa: Universidade Técnica de Lisboa, 2000.

Pubblicato

2024-01-01

Come citare

Rodrigues, L. P. ., & Vestena, R. de F. (2024). CIÊNCIAS DA NATUREZA E EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: UNIR CAMINHOS E INTERCRUZAR CONHECIMENTOS A PARTIR DA BNCC. Vivências, 20(40), 301–318. https://doi.org/10.31512/vivencias.v20i40.1016

Fascicolo

Sezione

ARTIGOS DE FLUXO CONTÍNUO