REESTRUTURANDO CONHECIMENTOS CIENTÍFICO-BIOLÓGICOS E A FALÁCIA DO NÃO-PENSAR
DOI:
https://doi.org/10.31512/vivencias.v22i44.1552Abstract
Superar o ensino conteudista, focado historicamente na memorização e na reprodução dos conhecimentos, está relacionado em (re)pensar a aprendizagem como processo de construção de significados. Como objetivo analisou-se, a partir de sequências interativas, como os estudantes mobilizam competências, habilidades e distintos campos do conhecimento com intuito de (re)estruturarem conceitos, fenômenos e/ou processos biológicos, científicos e tecnológicos. Para tanto, foram elaboradas unidades didáticas que continham atividades teórico-práticas, que articulavam em si as dimensões epistemológica e metodológica. Elas versavam sobre biologia celular e molecular de modo problematizado e contextualizado, a fim de estabelecer a sala de aula como espaço dialógico e mediado onde, dialeticamente, as dimensões conceitual, social e contextual das Ciências pudessem emergir e se integrarem. Notou-se que os estudantes mobilizaram e relacionaram diferentes conhecimentos, competências e habilidade para superarem dificuldades, preencherem lacunas e solucionarem situações-problema de modo proativo, coletivo e colaborativo. Consequentemente, deve-se investir em prática pedagógicas que congreguem em uma sala de aula a linguagem, o pensamento e a experiência para que o processo de ensino-aprendizagem, focado na construção de significados, se estabeleça e os conhecimentos biológicos, científicos e tecnológicos sejam apreendidos pelos estudantes de modo mais profundo e abrangente.
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