CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO NAS DISCIPLINAS DE QUÍMICA GERAL E QUÍMICA ANALÍTICA: VALORIZAÇÃO DAS PRÁTICAS SOCIAIS DE AGRICULTORES CAMPESINOS

Autori

DOI:

https://doi.org/10.31512/vivencias.v17i34.550

Abstract

Atualmente a ideia da curricularização extensionista apresentar-se como um dos principais caminhos para atender as demandas da sociedade. Neste cenário, o Curso de Engenharia Química da URI-Erechim, vislumbrou a possibilidade de associar aulas práticas de disciplinas de química com a análise de produtos artesanais produzidos no âmbito familiar rural, os quais, por vezes, se utilizam de conhecimentos empíricos repassados de geração a geração. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é divulgar junto a comunidade que faz educação por intermédio da química, algumas atividades de ação extensionista desenvolvidas pelo Curso. Buscou-se assim avaliar a qualidade de produtos artesanais, mais especificamente do vinho, do vinagre e da cachaça, possibilitando aos produtores, mediante o retorno dos resultados obtidos, intervenções, quando necessárias em seus processos produtivos, buscando melhorar a qualidade de seus produtos, agregando valor aos mesmos. Constatou-se, também, um ganho acadêmico, uma vez que os conceitos químicos envolvidos nas atividades experimentais potencializaram o interesse e o envolvimento dos estudantes. Ressalta-se ainda que esta ação extensionista apresentou-se como um germe de cristalização para o desenvolvimento de uma nova linha de pesquisa, relacionada a questões culturais vinculadas a produtos artesanais, integrando desta forma o ensino, a pesquisa e a extensão.

Biografie autore

Rogério Marcos Dallago, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Erechim, RS, Brasil

Doutor em Química. Docente do Curso de Engenharia Química.

Carolina Elisa Demaman Oro, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Erechim, RS, Brasil

Doutoranda em Engenharia de Alimentos.

Cindy Elena Bustamante Vargas, Universidad de Córdoba, PO, Montería, Córdoba, Colombia

Doutora em Engenharia de alimentos. Departamento de Ingeniería de Alimentos, Universidad de Córdoba, PO, Box 230002, Montería, Córdoba, Colombia

Riferimenti bibliografici

ALI, K. et al. Constituintes metabólicos da videira e produtos derivados de uva. Avaliações Fitoquímica, v. 9, n. 3, p. 357-378, 2010.

BACCAN, N. et al. Química analítica quantitativa elementar. São Paulo: Edgard Blücher, 2013.

BRASIL. Decreto nº 10.026, de 25 de setembro de 2019. Diário Oficial da União, Brasília, 2019. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10026.htm. Acesso em: 10 mar. 2021.

BRASIL. Instrução Normativa nº 13, de 29 de junho de 2005. Aprova o regulamento técnico para fixação dos padrões de identidade e qualidade para aguardente de cana e para a cachaça. Diário Oficial da União, Brasília, jun. 2005.

BRASIL. Instrução Normativa nº 16, de 19 de março de 2020. Altera a IN MAPA nº 6, de 3 de abril de 2012 e a IN MAPA nº 34, de 29 de novembro de 2012, para estabelecer a proibição de utilização de açúcar na produção de fermentado acético de fruta. Diário Oficial da União, Brasília, mar. 2020.

BRASIL. Lei nº 13.648, de 11 de abril de 2018. Diário Oficial da União, Brasília, 2018. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13648.htm. Acesso em: 10 mar. 2021.

CARDOSO, M. G. Produção artesanal de aguardente. Lavras/MG: UFLA, 2006.

CATALUÑA, E. As uvas e os vinhos. São Paulo: Globo, 1998

HARRIS, D. C. Análise química quantitativa. Rio de Janeiro: LTC, 2011.

LIMA, A. J. B.; CARDOSO, M. G.; GUIMARÃES, L. G. L.; LIMA, J. M.; NELSON, D. L. Efeito de substâncias empregadas para remoção de cobre sobre o teor de compostos secundários da cachaça. Química Nova, v. 32, n. 4, p. 845-848, 2009.

MENDHAM, J. et al. VOGEL: análise química quantitativa. Rio de Janeiro: LTC, 2011.

PINHEIRO, P. C.; MURILO, C.; LEAL, M. C.; ARAÚJO, D. A. Origem, produção e composição química da cachaça. Química Nova na Escola, n. 18, p. 1-6, 2003. Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc18/18-A01.pdf. Acesso em: 10 mar. 2021.

PINTO, F. G.; ROCHA, S. S.; CANUTO, M. H.; SIEBALD, H. G.; SILVA J. B. B. Determinação de cobre e zinco em cachaça por espectrometria de absorção atômica com chama usando calibração por ajuste de matriz. Revista Analytica, n. 17, v. 3, p. 48-50, 2005. Disponível em: https://www.ufjf.br/baccan/files/2011/05/Zinco_cachaca_art031.pdf. Acesso em: 15 abr. 2021.

SOUZA, G. G. et al. A uva roxa, Vitis vinífera L. (Vitaceae) – seus sucos e vinhos na prevenção de doenças vasculares. Natureza on-line, v. 4, n. 2, p. 80- 86, 2006. Disponível em: http://www.naturezaonline.com.br/natureza/conteudo/pdf/08_SouzaGGetal.pdf. Acesso em: 11 mar. 2021.

VENQUIARUTO, L. D.; DALLAGO, R. M.; DEL PINO, J. C. Saberes populares fazendo-se saberes escolares: um estudo envolvendo o pão, o vinho e a cachaça. Curitiba: Appris, 2012.

VENQUIARUTO, L. D. et al. Qualidade de vinagres artesanais da Fronteira Noroeste Gaúcha: teor de ácido acético. Revista Vivências, v. 13, n. 25, p. 230-234, 2017. Disponível em: http://www2.reitoria.uri.br/~vivencias/Numero_025/artigos/pdf/Artigo_23.pdf. Acesso em: 10 abr. 2021.

VENQUIARUTO, L. D.; DALLAGO, R. M.; DEL PINO J. C.; SANTOS, D.; CAMARGO, S. Saberes populares fazendo-se saberes escolares: limpando alambiques de cobre. Revista Vivências, v. 10, p. 138-145, 2014. Disponível em: http://www2.reitoria.uri.br/~vivencias/Numero_019/artigos/pdf/Artigo_15.pdf. Acesso em: 1 jun. 2021.

Pubblicato

2021-10-05

Come citare

Venquiaruto, L. D., Dallago, R. M., Oro, C. E. D., & Vargas, C. E. B. (2021). CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO NAS DISCIPLINAS DE QUÍMICA GERAL E QUÍMICA ANALÍTICA: VALORIZAÇÃO DAS PRÁTICAS SOCIAIS DE AGRICULTORES CAMPESINOS. Vivências, 17(34), 109–119. https://doi.org/10.31512/vivencias.v17i34.550

Fascicolo

Sezione

Dossiê: Vivências de Curricularização da Extensão Universitária