CLETHODIM E TRICLOPIR EM ASSOCIAÇÃO NO CONTROLE DE MILHO VOLUNTÁRIO RESISTENTE AO GLYPHOSATE

Autores

  • Nilton Teixeira Pedrollo Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil
  • Mariane Peripolli Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil
  • Jéssica Cezar Cassol Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil
  • Sylvio Henrique Bidel Dornelles Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.31512/vivencias.v18i37.503

Resumo

Os herbicidas inibidores da ACCase vêm sendo empregados no controle de milho voluntário resistente ao glifosato, muitas vezes associados à mimetizadores de auxinas. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito das associações entre herbicidas inibidores de ACCase e mimetizadores de auxinas no controle de milho resistente ao glifosato. O delineamento experimental foi de blocos casualizados com nove tratamentos e quatro repetições, sendo os tratamentos: T1 testemunha; T2 clethodim + 2,4-D amina (120 + 1209 i.a.); T3 clethodim + triclopir (120 + 720 i.a); T4 haloxifop-methyl + 2,4-D amina (60 +1209 i.a); T5 haloxifop-methyl + triclopir (60 + 720 i.a); T6 2,4-D amina (1209 i.a); T7 triclopir (720 i.a); T8 clethodim (120 i.a.) e T9 haloxifop-methyl (60 i.a.). A semeadura do milho voluntário ocorreu de maneira artificial, utilizando a cultivar 30B39HR. A aplicação dos tratamentos ocorreu com o auxílio de um pulverizador pressurizado Co2 no estágio V5 das plantas. Foram realizadas avaliações de controle visual aos 7, 14 e 21 dias após a aplicação e, também, estimou-se a correlação entre as avaliações, o efeito esperado e observado das misturas de herbicidas. Observou-se que a associação de haloxifop-methyl e 2,4-D amina apresentou antagonismo nas doses testadas para controle de milho resistente ao glifosato. A associação clethodim + triclopir (120 + 720 i.a.) apresentou o melhor resultado de controle do milho voluntário, cultivar 30B39HR, e atingiu valores superiores ao controle esperado. Portanto, a associação de herbicidas pode ser uma ferramenta no controle de milho voluntário resistente ao glifosato.

Biografia do Autor

Nilton Teixeira Pedrollo, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil

Engenheiro agrônomo, formada pela Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria - RS.

Engenheiro agrônomo do grupo Agros

Mariane Peripolli, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil

Engenheira agrônoma, formada pela Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria - RS.
Mestre em Agrobiologia pela Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria - RS.
Doutoranda em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria - RS.
Participante do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Herbologia - GIPHE da Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS.

Jéssica Cezar Cassol, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil

Engenheira agrônoma, formada pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - Campus Santiago - RS. Mestre em Agrobiologia pela Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria - RS.
Doutoranda em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria - RS. Participante do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Herbologia - GIPHE da Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS.

Sylvio Henrique Bidel Dornelles, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil

Professor do curso de agronomia da Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS. Professor orientador do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Herbologia - GIPHE da Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS.

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Publicado

2022-06-15

Como Citar

Pedrollo, N. T., Peripolli, M., Cassol, J. C., & Dornelles, S. H. B. (2022). CLETHODIM E TRICLOPIR EM ASSOCIAÇÃO NO CONTROLE DE MILHO VOLUNTÁRIO RESISTENTE AO GLYPHOSATE. Vivências, 18(37), 263–274. https://doi.org/10.31512/vivencias.v18i37.503

Edição

Seção

ARTIGOS DE FLUXO CONTÍNUO