CARACTERIZAÇÃO E GERMINAÇÃO DE DIÁSPOROS DE Emmotum nitens
DOI:
https://doi.org/10.31512/vivencias.v21i43.1387Abstract
O Cerrado Rupestre, com sua vasta diversidade vegetal, abriga espécies de grande potencial ecológico e econômico. No entanto, pouco se sabe sobre as características dos diásporos dessas plantas, que são as estruturas responsáveis pela dispersão e reprodução das mesmas. Para preencher essa lacuna, objetivou-se realizar a biometria dos diásporos e a identificação das classes de metabólitos secundários no pericarpo e mesocarpo de Emmotum nitens, além de avaliar o efeito de diferentes temperaturas em seu processo germinativo e formação de plântulas, em câmara de germinação. Os diásporos foram coletados no Cerrado Rupestre e caracterizados quanto ao tamanho, peso e metabólitos secundários. Subsequentemente, foram submetidos a testes de germinação em diferentes temperaturas: 20, 25, 30, 35, 20-30 e 25-35 °C. Foram quantificados a percentagem, o índice de velocidade e o tempo médio de germinação, bem como o desenvolvimento de plântulas. As análises fitoquímicas indicaram presença de compostos fenólicos, taninos, flavonoides e antraquinonas nos diásporos. Quanto à biometria, a maioria apresentou altura entre 8 e 10 mm, largura entre 12 e 14 mm e peso médio de 0,86 g, com teor de água entre 0,37 e 1,31%. A germinação estendeu-se por 67 dias, destacando-se a temperatura de 35 °C para protrusão da raiz e crescimento das plântulas, com 90% de germinação e 15 cm de altura média das plântulas. Os diásporos mostraram preferência por temperaturas elevadas, indicando adaptação estenotérmica. Conclui-se que os diásporos apresentam características adaptativas e são fontes promissoras de metabólitos secundários com potencial farmacológico e biotecnológico.
References
José Carlos Pina
Graduação em Tecnologia em Produção Sucroalcooleira pelo Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande, MS; Licenciatura em Física, Universidade de Franca; Pós-Graduação lato sensu em Gestão Ambiental pelo Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande, MS; Mestrado e Doutor em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, Universidade Anhanguera-UNIDERP, Campo Grande, Mato Grosso do Sul; área de concentração Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável do Pantanal e do Cerrado. Pós Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional Universidade Anhanguera-Uniderp; Pós Doutorado em Agronomia Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - Aquidauana, MS.
Francisco Eduardo Torres
Graduação em Agronomia pela Faculdade de Agronomia e Zootecnia; Mestrado em Produção vegetal, Área de concentração em Melhoramento de Plantas Forrageiras pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; Doutorado em agronomia, Área de concentração Fitotecnia, pela Universidade Federal da Grande Dourados. Professor titular da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Forragicultura e Fitotecnia.
Rosemary Matias
Licenciatura em Química pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; Mestrado Doutorado em Química, Universidade Estadual de Maringá.
Ademir Kleber Morbeck de Oliveira
Graduação em Ciências Biológicas (Licenciatura Plena) - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; Mestrado em Ecologia e Recursos Naturais e Doutorado em Ciências, área de concentração em Ecologia e Recursos Naturais - Universidade Federal de São Carlos.
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