O BEBÊ E SEUS EDUCADORES: A EDUCAÇÃO INFANTIL COMO POSSIBILIDADE NO DESENVOLVIMENTO PSÍQUICO
DOI:
https://doi.org/10.31512/vivencias.v17i32.375Abstract
O presente artigo traduz os percursos ao longo de dois anos de pesquisa longitudinal, tendo como tema o processo de constituição psíquica nos bebês/crianças inseridos precocemente em Escolas Municipais de Educação Infantil. A fim de investigar as possíveis consequências das longas jornadas fora de casa, procuramos verificar a qualidade das relações estabelecidas entre educador-criança, bem como, identificar possíveis interferências no curso saudável do desenvolvimento psíquico dos infantes que frequentam berçários durante os primeiros anos de vida. Participaram deste estudo 7 escolas municipais de Santo Ângelo/RS (14 professores e 20 bebês), os quais foram acompanhados através de visitas semanais nas instituições pelo período de nove meses. Em um primeiro momento, utilizou-se dos instrumentos: Entrevista Fase I com Educadores; Ficha Pré-testes e Protocolo IRDI. As respectivas ferramentas fizeram parte da primeira avaliação do ambiente e da relação educador-bebê. As observações semanais foram descritas em Diário de Campo. Posteriormente, realizou-se um curso de formação para educadores. Os pesquisadores reuniram-se semanalmente a fim de realizar seminários de estudo e discutir os dados obtidos através das observações. Ao término de nove meses de acompanhamento dos bebês, foi feita uma avaliação final através do Protocolo IRDI, caso houvesse uma possibilidade de risco ao desenvolvimento infantil, o bebê e sua família poderiam ser encaminhados para a Clínica Escola de Psicologia da URI. Os resultados da pesquisa indicam que quando o educador atua de modo suficientemente bom, ele exerce uma prevenção em face de patologias psíquicas, que podem vir a surgir nos primeiros anos de vida.
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