CONTRIBUIÇÕES DE PROGRAMA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS NAS DIMENSÕES BIOPSICOSSOCIAIS EM UM GRUPO DE PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31512/vivencias.v20i41.1248

Resumo

O presente trabalho tem o objetivo analisar a contribuição de um programa de exercícios físicos nas dimensões biopsicossociais em um grupo de pessoas com doenças crônicas não transmissíveis. Para isso, foi realizada uma pesquisa quali-quantitativa, com 15 usuários do Laboratório de Atividades Físicas e Promoção da Saúde (LAFPS) da UNIJUI. As informações foram coletadas em dois momentos distintos, sendo o primeiro a partir do banco de dados do local do estudo, onde buscou-se as informações referentes aos testes físicos e, o segundo, por meio de uma entrevista aos participantes. Os dados quantitativos foram tratados pela estatística descritiva (percentual, média e desvio padrão) e inferencial (teste “t” de Student, p≤0,05) e, os qualitativos, pela a técnica de análise de conteúdo. Os resultados demonstraram que maioria dos usuários tem idade entre 61 e 70 anos, são aposentados, possuem ensino médio completo, recebem de um a três salários mínimos e são casados. Com relação às contribuições na percepção do programa na percepção dos participantes foi possível destacar três categorias: contribuições na saúde física, contribuições na saúde mental e na educação em saúde. Já a análise do banco de dados demonstrou melhora significativa da força de membros inferiores (p=0,041). Deste modo, conclui-se que a participação no LAFPS proporciona melhoras dimensões biopsicossociais dos seus usuários, sendo um espaço importante de condicionamento físico, convivência e suporte social, além de auxiliar na aquisição de hábitos saudáveis.

Biografias Autor

Giovana Smolski Driemeier, Universidade Federal da Fronteira Sul, Cerro Largo, Rio Grande do Sul, Brasil

Aluno do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento e Políticas Públicas da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Bacharel em Psicologia pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ).  Bolsista DS/CAPES.

Larissa Tolfo Gottin , Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Santa Rosa, RS, Brasil

Residente no Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família (UNIJUÍ/FUMSSAR). Bacharel em Educação Física pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ). 

Moane Marchesan Krug , Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Santa Rosa, RS, Brasil

Doutora em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Possui graduação em Fisioterapia e em Educação Física (Licenciatura Plena), ambas pela Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ). Professora adjunta na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ).

Referências

ALMEIDA, F. A.; BRITO, F. A.; ESTABROOKS, P. A. Modelo RE-AIM: Tradução e adaptação cultural para o Brasil. Revista Família, Ciclos de Vida, Saúde e Contexto Social. v. 1, n. 1, p.6-16, 2013 DOI: https://doi.org/10.18554/refacs.v1i1.602 Disponível em: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/refacs/article/view/602/421. Acesso em: 14 jun. 2021.

ANTUNES, H. K. M. et al. Depression, anxiety and quality of life scores in seniors after an endurance exercise program. Revista Brasileira de Psiquiatria. v.27. n.4. 2005. DOI: 10.1590/s1516-44462005000400003. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16358106/. Acesso em: 12 mai. 2021.

AUAD, M. A. et al. Eficácia de um programa de exercícios físicos na qualidade de vida de mulheres com osteoporose. Arquivos brasileiros de Ciências da Saúde. v.33. n.1. 2008. Disponível em: https://www.portalnepas.org.br/abcs/article/view/173. Acesso em: 12 mai. 2021.

BATISTA, N. N. L. A. L.; VIEIRA, D. J. N.; SILVA, G. M. P. Caracterização de idosos participantes de atividade física em um centro de convivência de Teresina-PI. Enfermagem em Foco. v. 3, n. 1, p. 07-11, 2012. DOI: https://doi.org/10.21675/2357-707X.2012.v3.n1.212. Disponível em: http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/212. Acesso em 14 fev. 2021.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Portugal. Edições 70. 2009

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças não Transmissíveis. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas e agravos não transmissíveis no Brasil. 2021-2030. Brasília: Ministério da Saúde, 2020. p.122. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/doencas-cronicas-nao-transmissiveis-dcnt/09-plano-de-dant-2022_2030.pdf/view#:~:text=O%20plano%20de%20A%C3%A7%C3%B5es%20Estrat%C3%A9gicas,a%20dirimir%20desigualdades%20em%20sa%C3%BAde. Acesso em: 15 mar. 2021.

BRASIL. Portaria nº 2681, de 7 de novembro de 2013. Redefine o Programa Academia da Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União 2013; 8 nov. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt2681_07_11_2013.html. Acesso em: 20 jan. 2021.

BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução Nº466/2012 de 12 de dezembro de 2012. Trata das Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa envolvendo Seres Humanos. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. Disponível em: https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf . Acesso em: 20 jan. 2021.

BURIOL, D.; ZAMBERLAN, C.; SCHIMITH, M. D.; ILHA, S. Perfil epidemiológico de pessoas com Doenças Crônicas Não Transmissíveis em uma Unidade de Pronto Atendimento. Research, Society and Development, v. 9, n. 7, e. 346974091, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.4091. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/341560256_Perfil_epidemiologico_de_pessoas_com_Doencas_Cronicas_Nao_Transmissiveis_em_uma_Unidade_de_Pronto_Atendimento. Acesso em 14 fev. 2021.

CAMPOS, C. G. et al. Conhecimento de adolescentes acerca dos benefícios do exercício físico para a saúde mental. Ciência e Saúde Coletiva. v.24. n.8. 2019. DOI: 10.1590/1413-81232018248.17982017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/T57NLtQCjwKmBXYyvWVW5qq/?lang=pt. Acesso em: 27 mai. 2021.

DEL DUCA, G. F.; NAHAS, M. V. Atividade física e doenças crônicas: evidências e recomendações para um estilo de vida ativo. Londrina: Midiograf, 2011.

FERREIRA, L. A. S.; GONÇALVES, T. R.; ABIB, L. T. A clínica da educação física nas políticas públicas de saúde: interfaces entre núcleo e campo. Movimento, v.28, p. e28002, jan./dez. 2022. DOI: https://doi.org/10.22456/1982-8918.116321. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/116321. Acesso em: 27 mai. 2022.

FIDELIS, L. T.; PATRIZZI, L. J.; WALSH, I. A. P. Influência da prática de exercícios físicos sobre a flexibilidade, força muscular manual e mobilidade funcional em idosos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbgg/a/gcqczJ4yVbgCWkYM7KNHXWN/abstract/?lang=pt. Acesso em 14 fev. 2021.

JESUS, J. D.; SVENTNICKAS, S. P.; VIEIRA, A. Grupo de promoção à saúde: ampliando o cuidado em saúde de usuários com dores musculoesqueléticas crônicas em serviços de atenção básica. Movimento, v. 25, p. e25074, 2019. DOI: 10.22456/1982-8918.91063. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/91063. Acesso em: 27 mai. 2022.

KRUG, M. M.; DRIEMEIER, G. S.; GOTTIN, L. T.; RENZ, T. Atividade física e doenças crônicas: a experiência do laboratório de atividade física e promoção da saúde da UNIJUÍ. BIOMOTRIZ, v. 14, n. 4, p. 01-03, 14 jan. 2021. Disponível em: https://revistaeletronica.unicruz.edu.br/index.php/biomotriz/article/view/402/224. Acesso em: 05 mar. 2021.

KRUG, R. R.; MARCHESAN, M. Mudanças Biopsicossociais no envelhecimento: a importância de práticas corporais neste contexto. Curitiba: CRV, 2019.

KENNEY, W. Larry; WILMORE, Jack. H; COSTILL, David L. Fisiologia do esporte e do exercício. 7ªed. Manole: Barueri-São Paulo. 2020.

LEITE, M. T.; HILDEBRANDT, L. M.; KIRCHNER, R. M.; WINCK, M. T.; SILVA, L. A. A.; FRANCO, G. P. Estado cognitivo e condições de Saúde de Idosos que participam de grupo de convivência. Revista Gaúcha de Enfermagem. 2012. v.33. n.4. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rgenf/a/NXnGYhk9vN5HWvshYFSvtzG/?lang=pt#:~:text=Constatou%2Dse%20predomin%C3%A2ncia%20de%20idosos,6%25%20deles%20apresentam%20decl%C3%ADnio%20cognitivo. Acesso em: 20 jun. 2021.

MALTA, D. C. et al. Probabilidade de morte prematura por doença crônica não transmissíveis, Brasil e regiões, projeções para 2025. Revista Brasileira de Epidemiologia. [online]. 2019, v. 22. DOI: 10.1590/1980-549720190030. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1980-549720190030. ISSN 1980-5497. Acesso em: 29 Mai. 2022.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. 9ªed. Atlas: São Paulo. 2021

MACIEL, M. G.; SARAIVA, L. A. S.; SILVA, M. M.; JUNIOR, P. R. V. Avaliação de desempenho do programa academia da saúde em Belo Horizonte: um estudo de caso. Movimento: Porto Alegre. v. 25, e25026, 2019. DOI: 10.22456/1982-8918.88631. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/8863. Acesso em: 29 mai. 2021.

MUCIDA, A. O sujeito não envelhece: Psicanálise e velhice. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.

NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 7. ed. Florianópolis: Ed. do Autor, 2017. 362 p.: il. Disponível em: https://sbafs.org.br/admin/files/papers/file_lIduWnhVZnP7.pdf. Acesso em: 13 jun. 2023.

OLIVEIRA, D. V.; et al. A duração e a frequência da prática de atividades físicas interferem no indicativo de sarcopenia em idosos? Fisioterapia e Pesquisa. v.27. n.1. 2020. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1090411. Acesso em: 29 mai. 2021.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Diretrizes da OMS para atividade física e comportamento sedentário: num piscar de olhos. Traduzido por CAMARGO, E. M.; AÑEZ, C. R. R. Genebra, Suíça, 2020. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/337001/9789240014886-por.pdf. Acesso em: 20 fev. 2021.

PERUCHI, R. F. P.; RUIZ, K.; MARQUES, S. A.; MORREIRA, L. F. Suplementação nutricional em idosos (aminoácidos, proteínas, pufas, vitamina D e zinco) com ênfase em sarcopenia: uma revisão sistemática. Revista UNINGÁ. v.30. n.3. 2017. Disponível em: http://revista.uninga.br/index.php/uningareviews/article/view/2027. Acesso em: 29 mai. 2022.

PITANGA, F. J. G. Recomendações para prática de atividade física e redução do comportamento sedentário. São Paulo: CREF4/SP, 2019. 112p.

PITANGA, F. J. G.; BECK, C. C.; PITANGA, C. P. S. Atividade Física e Redução do Comportamento Sedentário durante a Pandemia do Coronavírus. Sociedade Brasileira de Cardiologia. 2020. Disponível em: https://doi.org/10.36660/abc.2020023. Acesso em: 29 mai. 2021.

PRESTES, J. et al. Prescrição Periodização do treinamento de Força em Academias. 2.ed. Barueri, São Paulo. Manole, 2016.

RIKLI, R. E.; JONES, C. J. Teste de Aptidão Física para Idosos. Human Kinetics. (Tradução de Sonia Regina de Castro Bidutte), Manole, São Paulo, 2008.

SEABRA, C. A. M. et al. Educação em saúde como estratégia para promoção de saúde dos idosos: Uma revisão integrada. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. v.22. n.4. 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbgg/a/xmDgQQxDN4gPRWgTQHysZXn/?lang=pt&format=pdfAcesso em: 29 mai. 2022.

STREIT, I. A. et al. Aptidão física e ocorrência de quedas em idosos Praticantes de exercícios físicos. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. v.16. n.4. 2011. Disponível em: https://doi.org/10.12820/rbafs.v.16n4p346-352. Acesso em: 19 mai. 2021.

TOMICKI, C. et al. Efeito de um programa de exercícios físicos no equilíbrio e risco de quedas em idosos institucionalizados: ensaio clinico randomizado. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. 2016, v. 19, n. 03, p. 473-482. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1809-98232016019.150138. Acesso em: 13 jun. 2023.

Publicado

2024-07-01

Como Citar

Driemeier, G. S. ., Gottin , L. T. ., & Krug , M. M. . (2024). CONTRIBUIÇÕES DE PROGRAMA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS NAS DIMENSÕES BIOPSICOSSOCIAIS EM UM GRUPO DE PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS . Vivências, 20(41), 405–417. https://doi.org/10.31512/vivencias.v20i41.1248

Edição

Secção

ARTIGOS DE FLUXO CONTÍNUO