LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO DAS PLANTAS MEDICINAIS NO MUNICÍPIO DE ABADIA DOS DOURADOS, MINAS GERAIS-BRASIL.

DOI:

https://doi.org/10.31512/vivencias.v17i32.297

Resumo

A etnobotânica é o estudo sobre o conhecimento das ideias desenvolvidas por qualquer sociedade sobre o mundo vegetal, envolvendo a maneira de classificação das plantas e o uso das mesmas. O estudo objetivou caracterizar os raizeiros do município de Abadia dos Dourados-MG, bem como conhecer as plantas medicinais utilizadas (espécie, parte, indicação). A população estudada teve sete raizeiros, foi aplicado um questionário estruturado, contendo perguntas sócio demográficas e outras relacionadas à indicação de plantas medicinais. A maioria dos entrevistados foi do sexo masculino, com faixa etária entre 40 a 60 anos. A principal fonte de renda provém da atividade rural. A maior parte destes apresentou escolaridade até a 2° série do ensino fundamental. Sobre as plantas medicinais os entrevistados relataram que seus conhecimentos foram obtidos através de seus familiares. Quando questionados se produziam “garrafadas” 50% dos entrevistados responderam positivamente. Em referência a substituição do uso de medicamentos farmacêuticos por plantas medicinais 83 % acredita ser possível. Foram relatadas 70 espécies medicinais em uso, de 40 famílias botânicas diferentes. As mais representativas foram Asteraceae, Fabaceae, Rubiaceae. As partes utilizadas do vegetal variaram, porém as folhas foram são mais indicadas, sobre a forma de uso a mais comum foi o chá. Conclui-se que os raizeiros de Abadia dos Dourados-MG, utilizam e indicam uma quantidade significativa de espécies vegetais para uso medicinal, e que variadas partes da planta são indicadas para os tratamentos. Ressalta-se a necessidade de se manter viva tal cultura e a necessidade dos estudos relacionados à temática em questão.

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Publicado

2020-12-14

Como Citar

LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO DAS PLANTAS MEDICINAIS NO MUNICÍPIO DE ABADIA DOS DOURADOS, MINAS GERAIS-BRASIL. (2020). Vivências, 17(32), 331–349. https://doi.org/10.31512/vivencias.v17i32.297

Edição

Seção

ARTIGOS DE FLUXO CONTÍNUO